quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Atividade industrial do Japão em dezembro registra queda mais acentuada em 2 anos

Desaceleração é um reflexo da queda da demanda

atividade industrial japonesa
A atividade industrial japonesa caiu em dezembro no ritmo mais acentuado em 26 meses, mostrou uma pesquisa empresarial nesta quarta-feira (4), com as empresas vendo novas quedas em meio à desaceleração econômica global.

O índice de gerenciamento de compras de manufatura do au Jibun Bank Japan caiu para um ajuste sazonal de 48,9 em dezembro, ante 49,0 em novembro. O número é o menor desde outubro de 2020 e marcou o segundo mês abaixo da linha de 50, que separa a contração da expansão.

"A desaceleração foi amplamente centrada no atual ambiente de demanda, que é fraco tanto internacional quanto domesticamente", disse Laura Denman, economista da S&P Global Market Intelligence, que compila a pesquisa.

A produção e os novos pedidos estenderam sua contração pelo sexto mês em dezembro, mas em ritmos mais lentos do que no mês passado, mostraram os subíndices da pesquisa.

Embora a pesquisa tenha mostrado que a inflação de preços de insumos estivesse diminuindo para uma mínima de 15 meses, indicando uma redução nas pressões de custo, o restante dos resultados apontam para perspectivas mais sombrias para o Japão no início de 2023.

Os fabricantes esperavam uma nova desaceleração em suas condições de negócios, com o subíndice de produção futura atingindo o nível mais baixo desde maio, quando os bloqueios na China decorrentes da covid-19 interromperam as cadeias de suprimentos das empresas japonesas.

"Indicadores prospectivos estão cada vez mais pintando um quadro sombrio para o setor manufatureiro do Japão no futuro", disse Denman.

A pesquisa corrobora os fracos dados da produção industrial divulgados na semana passada, que mostraram contração pelo terceiro mês em novembro.

Os analistas esperam que a produção do Japão permaneça moderada nos próximos meses devido à queda da demanda no exterior, com a situação do coronavírus na China representando um risco adicional de queda.
Fonte: Alternativa com Reuters

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