quarta-feira, 1 de julho de 2020

Japão se concentrará no empoderamento feminino e no apoio às mães solteiras

Primeiro-ministro, Shinzo Abe, diz que governo começará a estudar alterações legais para apoiar as mulheres em situações difíceis
mulheres no Japão

O governo japonês adotou nessa quarta-feira (1º), um conjunto de políticas sobre as mulheres, com foco na promoção do empoderamento nos negócios e na política, além de ajudar mães solteiras a garantir apoio no sustento dos filhos, informou a agência Kyodo.

No ano passado, o Japão caiu do 110º lugar para a 121ª posição entre 153 países no ranking de diferenças de gênero do Fórum Econômico Mundial. O país ocupa a última posição entre as principais economias avançadas.

As mulheres ocupavam apenas 15% dos cargos seniores e de liderança na área de negócios. Já a proporção de mulheres legisladoras era de 10% na Câmara Baixa e 23% na Câmara Alta.

O governo pediu a difusão da conscientização entre os órgãos empresariais sobre a necessidade de promover a participação feminina. Além disso, solicitou uma investigação das razões por trás de sua baixa proporção.

Para descobrir os obstáculos às mulheres que entram na política, o governo também realizará uma pesquisa sobre assédio.

O governo também revisará o sistema de pensão alimentícia por parte do pai e considera mudar a lei para impor o pagamento no Japão. A falta da pensão faz com que muitas mães solteiras e os seus filhos caiam na pobreza.

“O governo começará a estudar as alterações legais para apoiar as mulheres em situações difíceis”, disse o primeiro-ministro Shinzo Abe na reunião em que as políticas foram adotadas.

Uma pesquisa de 2016 do Ministério do Bem-Estar Social mostrou que apenas 24,3% das mães solteiras no Japão recebiam pensão dos ex-maridos após o divórcio, enquanto as mulheres no país tendem a ganhar muito menos que os homens, com muitas delas trabalhando como funcionárias não regulares.

Em 2018, em média, os homens no Japão ganharam 5,45 milhões de ienes por ano. Isso é quase o dobro que as mulheres recebem, 2,93 milhões de ienes por ano.

As políticas recentes também incluem maiores esforços para erradicar todas as formas de violência contra as mulheres.

Com base em uma política separada, compilada no mês passado para aprimorar as medidas contra crimes sexuais e violência sexual, o governo se concentrará em fornecer melhor apoio às vítimas e promover educação e conscientização para evitar esses crimes e violência nos próximos três anos.

Como o coronavírus forçou as pessoas a ficar mais tempo em casa, levando ao aumento de casos de violência doméstica, o governo fornecerá um serviço de consulta 24 horas por telefone e por e-mail.
Fonte: Alternativa

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