Mais da metade dos 48 mil soldados americanos estão em Okinawa.
As autoridades da província japonesa de Okinawa autorizaram nesta sexta-feira (27) a transferência da polêmica base militar americana de Futenma à zona norte da ilha principal da região, passo crucial para retirar esta instalação da área urbana onde fica.
O governador provincial, Hirokazu Nakaima, aprovou finalmente as obras na zona litorânea de Henoko, onde está previsto que se situe a nova base, após levar anos exigindo que as instalações fossem transferidas para fora de Okinawa.
Para tentar conseguir a aprovação do governador Nakaima, o primeiro-ministro Shinzo Abe apresentou nesta semana um pacote de medidas para diminuir a carga que representa a forte presença militar para a região e prestar apoio financeiro para estimular a economia local - Okinawa é a província mais pobre do país.
A província abriga mais da metade dos cerca de 48 mil soldados que os Estados Unidos mantêm no Japão, e 20% do solo da ilha principal de Okinawa é terreno militar americano.
A mudança da base, que se encontra emoldurada no mesmo centro urbano da cidade de Ginowan, de 94 mil habitantes, está há anos emperrada perante a forte oposição dos políticos e da população local (que exigem sua retirada de Okinawa) desde que Japão e EUA fecharam um acordo para transferi-la em 1996.
A base de Futenma, que ocupa cerca de 480 hectares, está situada em plena cidade e completamente rodeada de casas e edifícios públicos, o que durante anos gerou protestos de seus cidadãos pelo barulho e pela possibilidade de acidentes.
O Executivo central tenta há anos que o governo da província aceite construir a nova Futenma em Henoko, uma área com um ecossistema protegido situado no norte da mesma ilha. Tóquio fica agora pendente do resultado das eleições para a prefeitura de Nago, município no qual inscreve-se Henoko, cujas autoridades se negaram até agora a aprovar a mudança.
Fonte: IPC Digital com Efe
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