Edifícios municipais próximos a usina serão limpos; locais serão usados como base para a descontaminação do resto da cidade
As Forças de Autodefesa (Exército) do Japão começarão em dezembro uma operação de limpeza de edifícios municipais dentro da zona de exclusão em torno da usina de Fukushima Daiichi.
A limpeza servirá para estabelecer uma base de operações onde será iniciado, em janeiro, um exaustivo trabalho de descontaminação das áreas no entorno da usina, segundo a agência de notícias local 'Kyodo'.
Cerca de 300 soldados participarão da operação, que será coordenada com o Ministério do Meio Ambiente japonês, que antes avaliará os níveis de radiação na região.
A missão promoverá a limpeza de edifícios das povoações de Namie, Tomioka e Naraha, na província de Fukushima, que servirão como acampamento base para eliminar os materiais radioativos da área afetada pela crise nuclear originada na central de Daiichi após o terremoto e o tsunami de 11 de março.
As Forças de Autodefesa do Japão preveem completar a limpeza dos edifícios antes do final do ano, e contarão com uma unidade química especializada em radiação, acrescentou a 'Kyodo'.
A crise da central de Fukushima Daiichi, a pior dos últimos 25 anos desde Chernobyl, obrigou o governo japonês a decretar uma zona de exclusão em um raio de 20 quilômetros da usina pelos altos índices de radioatividade.
O anúncio sobre as operações de limpeza aconteceu um dia depois que o Executivo japonês comunicou que proibirá a venda de arroz de uma área da cidade de Fukushima, a 70 quilômetros da central atômica, após detectar níveis de césio acima do recomendado.
Fonte: Exame com Efe
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