sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Por que os japoneses comem bolo no Natal?

bolodenatal
Apenas cerca de 1% da população japonesa é cristã, mas ao visitar grandes centros urbanos do Japão, a impressão que se tem é de um país que ama a data comemorativa do nascimento de Jesus Cristo. A decoração natalina extravagante é encontrada nas lojas, parques públicos e até nos famosos bolos de natal.

Para o mundo ocidental, bolo e natal não tem nenhuma relação, mas para o povo japonês, o bolo natalino tem um forte simbolismo de prosperidade e superação. Sua história está ligada à ascensão do Japão após a sua derrota na Segunda Guerra Mundial.

Depois da guerra, soldados americanos vieram realizar o trabalho de reconstrução do país. A economia japonesa estava em ruínas e a escassez de alimento era comum. Doces e guloseimas, considerados artigos de luxo para um povo que ainda se recuperava dos estragos da guerra, eram doados pelos soldados americanos em sinal de reconciliação durante as festividades natalinas. Surgiu, então, a primeira relação entre natal e sobremesa.

Mas não foram somente soldados que vieram para Japão após a guerra. Missionários cristãos também trouxeram os presentes e o conceito natalino para escolas e famílias japonesas. Os japoneses adotaram uma versão animada e comercial do natal, que era menos sobre a religião e mais sobre prosperidade. A população japonesa passou a adotar o natal como uma festividade comemorativa de troca de presentes, romantismo e decoração.

Mas por que o bolo?
O bolo foi introduzido no Japão no século 17, muito antes da guerra, mas vários dos itens necessários para fazê-lo eram raridades no país, como açúcar, leite e manteiga. Saborear um pedaço de bolo era um privilégio reservado apenas para a elite.

Após a recuperação do país e a ascensão econômica, os ingredientes tornaram-se mais acessíveis para classe média recém formada, que aprovou a sobremesa e a adotou como um símbolo de prosperidade financeira e superação pós-guerra.
Fonte: IPC Digital

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Castelo de Nijo é opção para fugir da multidão de turistas em Quioto

Local foi construído em 1603 para ser residência de Ieyasu Tokugawa, o primeiro shogun do período Edo

Castelo de Nijo
Que tal aproveitar Quioto no outono, mas fugir da multidão de turistas que abarrotam os pontos mais famosos e tradicionais da cidade? Um lugar imperdível é o Castelo Nijo (二条城, Nijojo). Nos jardins ainda dá para apreciar a coloração avermelhada e amarela das folhas de algumas árvores.

O castelo foi construído em 1603 e servia de residência na cidade para Ieyasu Tokugawa, o primeiro shogun do período Edo (1603-1867). Mas foi somente seu neto, Iemitsu, que conseguiu ver o local totalmente pronto, 23 anos depois que as obras começaram.

Depois do fim do xogunato Tokugawa, em 1867, o local foi usado como palácio imperial por um tempo e depois doado à cidade. As estruturas são, sem dúvidas, os melhores exemplos originais e que sobreviveram ao tempo da arquitetura feudal do Japão.

Por isto, o castelo foi designado como Patrimônio Mundial da Unesco, em 1994.

Quando entramos no prédio principal, ouvimos um rangido que sai do chão conforme caminhamos. Esse barulho era proposital para que se ouvisse quando alguém adentrasse o castelo e, assim, uma forma de segurança contra os inimigos.

O palácio é dividido em diversas salas, ligadas por corredores enormes. Impossível não se impressionar com tamanha grandeza e riqueza de detalhes.

Depois de ver o interior do palácio, é hora de apreciar os jardins do lado de fora. É possível subir na estrutura de pedras da antiga torre de observação. De lá, tem-se uma imagem geral do palácio e de parte do jardim.

Guias de áudio em inglês e outros idiomas estão disponíveis logo na entrada (500 ienes o aluguel). Vá com roupas e calçados confortáveis, pois a caminhada pelos jardins é longa.

No final da caminhada, já próximo à saída, há um museu com as pinturas originais que estavam dentro do palácio. É preciso pagar uma taxa extra, mas para quem gosta de arte e história do Japão, vale a pena a visita.

O jardim do palácio possui ainda um pomar de ameixas e cerejeiras, que são as atrações entre fevereiro e abril.

kyoto_nijo_castle

Como chegar
A entrada do Castelo de Nijo fica bem próximo da saída do metrô, estação Nijojo Mae, da linha Tozai.
Da estação de Quioto, pegar a linha Karasuma em direção a estação Oike Karasuma e transferir para a linha Tozai. A viagem leva cerca de 15 a 20 minutos e custa ¥ 260. Os mais dispostos pode ir caminhando até o castelo e ir apreciando as casas antigas.
Horário: 8h45 às 17h (entrada permitida até 16h)
Preço: ¥600 (adultos), ¥350 ou ¥200 (crianças e adolescentes)
Endereço: Nakagyo-ku, Nijo-dori Horikawa Nishi iru, Nijojo-cho 541
Telefone: 075-841-0096
Site: http://www.city.kyoto.jp/bunshi/nijojo/
Fonte: Alternativa