Um sistema na escola funciona como ponto eletrônico. Pendurado na mochila, um alarme ajuda a afastar pessoas com atitudes suspeitas.
No Japão, foi criada uma forma de monitorar a segurança das crianças que vão sozinhas para a escola, mesmo ainda muito pequenas.
A cena é comum nas ruas de Tóquio. Com seus chapeuzinhos característicos, os estudantes podem ir caminhando em direção à escola, que normalmente fica perto de casa.
Os índices de criminalidade são baixíssimos. E crianças com seis anos já têm essa rotina. Mas como é Japão, tinha que haver tecnologia.
Na sala de aula, as mochilas ficam guardadinhas. E pendurado nelas, tem um cartão. Na hora da saída, o "carinho" de sempre com o material. Mesmo na pressa, ninguém esquece de encostar o tal cartão nessa placa.
Funciona como um ponto eletrônico, que envia um aviso aos pais, por mensagem de celular. Chega assim: o nome da criança e a hora em que ela entrou ou saiu do prédio.
Com três filhos, a senhora Matsumura aprova esse controle. "É importante que eles possam andar sozinhos pra escola", diz ela. "Aos poucos, vão ganhando confiança para ir mais longe", completa.
Nem toda escola possui o sistema. Numa, no subúrbio da capital japonesa, está implantado há quatro anos.
O diretor conta que os pais ficaram mais tranquilos; e como junto das mensagens vai uma propaganda, ninguém paga pelo serviço.
Mas quando toda a tecnologia, quando todo o sistema de vigilância e proteção as crianças não são suficientes e um menino como o Ryoma, de 9 anos, se vê em risco na rua, ele tem mais uma arma. Pequeno, porém estridente. Também fica preso à mochila.
As crianças aprendem que só devem acionar o alarme se desconfiarem de alguém. Ao ser perguntado se o repórter seria um suspeito, o menino olha e diz: “Provavelmente não!
Fonte: Jornal Nacional