quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Feira no Japão apresenta novidades para se proteger de terremotos

Depois de tsunami, surgiram equipamentos para ajudar na sobrevivência. Mesa com amortecedores e comida que esquenta sozinha são novidades.


Um ano depois do terremoto que provocou o tsunami devastador no Japão, uma feira está apresentando novidades para a população se proteger.

Quando o chão balança, cuidado para não cair. Mas se a casa tiver um dos novos equipamentos anti-terremoto, o voluntário quase não sente o tremor. Em uma demonstração na feira, uma garrafa nem se mexe. É que ela está sobre uma mesa com amortecedores que compensam a vibração. A resina plástica gruda e desgruda da mesa facilmente. Mas quando ocorre um tremor, ela parece uma super-cola. Veja no vídeo o simulador: em um terremoto de intensidade 7, os objetos presos com a resina balançam, mas não caem.

Quem mora no Japão precisa ter em casa o chamado kit-terremoto, com itens para sobreviver por até três dias, tempo estimado para chegar socorro. Um dos itens mais importante é comida. Mas não é qualquer uma. Pode faltar gás e eletricidade para fazer o fogão e o microondas funcionarem. A solução: comida que esquenta sozinha. Basta botar os pacotes de comida em um saco plástico com duas substâncias que, ao entrar em contato, provocam uma reação química que faz a temperatura chegar a 95°C. O suficiente para que a comida seja servida no ponto. "E ficou gostosa", disse um homem.

Depois do tsunami de março do ano passado, surgiram mais equipamentos para ajudar a sobreviver a uma onda gigante. Um muro de ferro, que pode chegar a 5m de altura, fecha as ruas para a passagem da água. Funciona automaticamente e é erguido pela própria força da onda. Um colete salva-vidas tem mais proteção principalmente no pescoço, porque as vítimas são jogadas de um lado para o outro. Um sensor e um tubo de gás comprimido fazem o colete se inflar quando a pessoa é coberta pela água.

Na feira, também há uma cápsula feita de uma resina especial para resistir aos choques com muros e árvores. Pode abrigar até quatro pessoas, que ficarão um pouco apertadas. Ela tem um nome sugestivo: Noé, o personagem bíblico que sobreviveu ao dilúvio.
Fonte: Jornal Nacional

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Simulação de terremoto em Tóquio envolve 10 mil pessoas

No total, 138 empresas participaram da simulação, que teve como objetivo prioritário a evacuação das pessoas na cidade japonesa

Cerca de 10 mil pessoas, entre voluntários, bombeiros, policiais, Guarda Costeira e até membros da Marinha americana, participaram nesta sexta-feira de uma grande simulação de terremoto nas principais estações de metrô de Tóquio.

O treinamento, realizado a pouco mais de um mês do primeiro aniversário do terremoto e o posterior tsunami que assolou o nordeste do país em março de 2011, começou às 10h locais (23h de Brasília) e simulou um terremoto de 7,3 graus na escala Richter.

No total, 138 empresas participaram da simulação, que teve como objetivo prioritário a evacuação das pessoas que, diante da suspensão das comunicações e dos transportes, ficaram presas nas estações de metrô e em escritórios.

Cada participante recebeu uma bolsa com o material que é utilizado em casos deste tipo, além de folhetos com um questionário sobre seus dados pessoais.

O teste juntou 5 mil voluntários na estação de metrô de Shinjuku, uma das mais transitadas do mundo, e outras 2,5 mil na estação central de Tóquio e na de Ikebukuro, segundo informou a organização.

Além disso, se reuniram na baía de Tóquio centenas de pessoas procedentes das estações de metrô para ser evacuadas pela Guarda Costeira e a Marinha americana.

O Japão se encontra sobre o chamado Anel de Fogo do Pacífico, uma zona de elevada atividade sísmica, e por isso registra terremotos frequentes.

Desde o grande terremoto de 11 de março, que deixou quase 20 mil mortos e provocou a pior crise nuclear em 25 anos, o Japão sofreu mais de 660 réplicas de mais de 5 graus na escala Richter.
Fonte: Exame com Efe