quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Corinthianos devem tomar cuidados para evitar mal entendidos no Japão

Estádio Yokohama
As ruas japonesas são impecavelmente limpas, mas não têm lixeiras. Na hora de pegar um trem ou ônibus, nada de falar alto ou usar celular.

Os corinthianos já estão prontos para invadir o Japão. E eles devem ter alguns cuidados para evitar mal entendidos e dores de cabeça. No Japão não existe o ‘jeitinho’ japonês, e tudo tem que ser conforme as regras.

As ruas são impecavelmente limpas, e não têm lixeiras. Portanto, se você tiver algo para jogar fora, tem que procurar uma loja de conveniência, onde há lixeiras para cada tipo de lixo. E ninguém anda na calçada comendo ou bebendo, muito menos fumando, o que pode dar multa.

No Brasil se olha para a esquerda para ver se vem algum carro, mas no Japão se olha para a direita, porque o trânsito é do lado contrário.

Os táxis também podem confundir os brasileiros, já que o sinal vermelho significa que ele está livre. Se for verde, ocupado. E não é preciso abrir ou fechar a porta: é o motorista que faz isso. Mas é melhor evitá-los, porque saem uma fortuna. Só a bandeirada custa o equivalente a R$ 18.

No metrô e nos trens também é preciso tomar alguns cuidados. Dentro do vagão não se pode falar alto, usar o celular ou tocar instrumentos musicais. O passageiro pode ser retirado do vagão. As mesmas regras valem para ônibus e até elevadores.

E não se esqueça: os japoneses não gostam muito de contato físico. Eles não se beijam, não apertam as mãos. O cumprimento é a reverência.

O Consulado do Brasil em Tóquio até preparou um guia para o torcedor corinthiano que pode ser consultado aqui.
Clique aqui para baixar o Guia do Torcedor
Fonte: Bom Dia Brasil

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Surpresa com procura da Fiel, Fifa abrirá novo lote de ingressos

Venda de ingressos para jogos do Corinthians
Entidade se espanta alta demanda de bilhetes para jogos do Corinthians no Mundial. Novas entradas serão disponibilizadas em novembro

O caminho do Corinthians no Mundial de Clubes no fim deste ano não foi a única novidade conhecida pelo clube durante o sorteio das chaves do torneio, na manhã desta segunda-feira, em Zurique, na Suíça. A Fifa se pronunciou oficialmente sobre a venda de ingressos para a competição, admitindo que se surpreendeu com a grande procura dos corintianos e que abrirá um segundo lote de entradas em novembro.

O gerente de futebol do Timão, Edu Gaspar, já havia afirmado que membros da entidade estavam espantados com a procura por ingressos para jogos da equipe no Japão. A estreia será no dia 12 de dezembro, em Toyota, contra o vencedor do confronto entre o campeão africano e quem passar do duelo entre Auckland City, da Nova Zelândia, e o campeão japonês.

De acordo com o dirigente, a expectativa é de que aproximadamente 10 mil corintianos viajem ao Japão para acompanhar o Corinthians na briga pelo bicampeonato mundial. O dado publicado pela organização afirma que 20 mil ingressos foram vendidos para o dia 12 de dezembro: isso engloba a semi do Timão e a disputa do quinto lugar, ambos em Toyota.

Em comunicado publicado no site oficial da Fifa e reproduzido pela página do Corinthians na internet, a entidade explica que  a maior procura foi para a final, que será disputada em Yokohama, no dia 16 de dezembro. Do outro lado da chave, o campeão europeu Chelsea enfrenta o campeão asiático ou o Monterrey, do México, representante da América do Norte.

Confira a explicação da Fifa na íntegra:
A primeira fase da venda de ingressos para a Copa do Mundo de Clubes da FIFA Japão 2012 foi um sucesso, de modo que essa carga inicial já está esgotada. Porém, ainda há ingressos disponíveis, e uma fase adicional de vendas será aberta no início de novembro, com duração até o começo da competição. Mais informações a respeito serão divulgadas no FIFA.com.
A primeira etapa de vendas foi realizada entre os dias 9 e 23 de setembro, depois de uma pré-venda exclusiva para clientes VISA em agosto. Os ingressos estavam disponíveis para compra apenas no FIFA.com, com base na ordem de chegada de torcedores de todo o mundo.
Houve uma grande procura por ingressos no Brasil. De acordo com o Comitê Organizador Local do torneio, a demanda dos brasileiros para as partidas que o Corinthians pode disputar ultrapassou o número de entradas disponíveis.
Mais de 20 mil ingressos foram vendidos para o dia 12 de dezembro, em que serão disputadas as partidas M4 e M5. A partida M5 é a semifinal com o Corinthians jogando no Estádio Toyota. Mais da metade desses ingressos foram comprados no Brasil. O adversário do campeão da Copa Libertadores da América sairá do confronto entre o representante da África e o vencedor do duelo entre Auckland City e o campeão japonês.
A procura foi maior em especial para a final, que será realizada no dia 16 de dezembro. Um número pequeno de entradas para os jogos M7 e M8 – disputa do terceiro lugar e a decisão – ficará disponível para vendas devido ao repasse de ingressos aos clubes participantes.
Fonte: Globoesporte.com / Foto: Marcos Ribolli

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Abertas as inscrições para a Bolsa de Estudo da JICA

Até o dia 26 de setembro, a JICA - Agência de Cooperação Internacional do Japão estará recebendo inscrições de candidatos à Bolsa de Estudo para Formação de Líderes da Comunidade Nikkei, oferecida pelo governo Japonês.

Aqueles que pretendem cursar pós-graduação (Doutorado no caso de Medicina, Odontologia, Veterinária e curso de Farmácia com duração de 6 anos), ou que já estão com o ingresso no curso de pós-graduação definido, ou, ainda, aqueles que já estão no Japão cursando pós-graduação não devem perder esta oportunidade.

Os pré-requisitos para inscrição são:
- Ser descendente de japonês
- Idade inferior a 40 anos
- Escolaridade: grau universitário completo
- Aprovação no curso de pós-graduação
- Domínio do idioma japonês

As vagas são destinadas à América Latina, sendo três do Brasil, e as demais para Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, México, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.

Os interessados devem consultar mais informações no site da JICA:
http://www.jica.go.jp/brazil/portuguese/office/activities/nikkeis01.html#a02

Contato para informações e para o envio de documentos da inscrição
Escritório Regional da JICA em São Paulo
Av. Brigadeiro Luís Antônio, 2729, 6º andar, Cerqueira César
CEP: 01401-000 São Paulo/SP
Tel.: 11 3251-2655 - Fax: 11 3251-1321
Fonte: Bunkyo

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Japão celebra feriado do Obon para relembrar seus antepassados

O Japão vive nestes últimos dias uma peculiar "operação de saída" ligada ao Obon, um feriado em homenagem aos antepassados mortos, espécie de Dia de Finados, em que as famílias costumam viajar juntas para fazer oferendas, dançar e contar histórias de fantasmas.

Muitas estradas já começam a registrar engarrafamentos de mais de 40 quilômetros e os trens operam com os corredores abarrotados, enquanto as congestionadas ruas de Tóquio se mostram tranqüilas em pleno horário de rush.

Muitos japoneses aproveitam o feriado para viajar à Europa, Guam e Havaí, destinos típicos destas datas. Neste ano, por conta da valorização do iene, espera-se um fluxo 10% maior do que o apresentado no último ano, quando a tragédia do terremoto e do tsunami acabou influenciando diretamente a celebração do feriado.

Apesar do clima favorável, a maior parte dos japoneses prefere permanecer em suas casas entra esta segunda e quarta-feira para celebrar o Obon, um ritual que passou a ser comemorado durante o 15º dia do sétimo mês lunar antes do Japão adotar o calendário gregoriano no século XIX.

De origem budista, o feriado se baseia na crença de que os antepassados, protetores da família, retornam durante esses três dias ao lar de sua família e, por isso, os japoneses costumam se reunir. Além do encontro, os familiares aproveitam para limpar e ornamentar com flores e incenso o túmulo que contém as cinzas de seus ancestrais.

Nas ruas mais centrais de Tóquio, principalmente aquelas próximas aos grandes cemitérios, é possível sentir o perfume adocicado dos incensos que são acendidos em locais santos, templos e também nos lares das famílias, onde altares são preparados para ocasião.

Ao redor desses altares, os familiares também costumam colocar adornos, frutas, verduras e até macarrão (ou o prato favorito do defunto). A ideia é receber bem os antepassados que estarão de visita.

"É muito habitual pôr um pepino decorado com quatro palitos, algo similar a um cavalo, para que os espíritos possam chegar mais rápido. No dia 16, a berinjela representa o boi para que os ancestrais retornem mais devagar", conta à Agência Efe a jovem Kanako Hayashi, que retorna todos os anos à cidade de Aichi para celebrar o Obon junto com sua família.

Também é comum enfeitar os altares com lanterninhas de papel na noite de 13 de agosto, assim como acender pequenos fogos ("mukaebi") próximo ao portão da casa, para dar boas-vindas aos espíritos.

"Nas cidades grandes, onde há menos espaço e menos gente tem jardim, o mais comum é acender fogueiras nos templos", explica Yuriko Watanabe, moradora de Tóquio.

A heterogeneidade das regiões que conformam o arquipélago japonês faz com que o Obon dialogue com distintos costumes, aqueles que contribuíram para manter sua origem exclusivamente religiosa.

Em Kioto, por exemplo, a cada 16 de agosto cinco enormes fogueiras são erguidas nos montes que rodeiam a cidade, contempladas por milhares de pessoas desde os edifícios mais altos do centro até as margens do rio Kamo.

Outras localidades realizam o "touro nagashi", que consiste em depositar nos rios lanternas de papel que, ao flutuar à mercê da corrente, guiam os antepassados outra vez à terra dos mortos.

O Obon também costuma ser acompanhado de uma dança, o "bon odori", que conta com infinidade de variedades musicais e de movimentos, desde o baile em circulo típico de Osaka até o "awa odori", uma procissão popular de Tokushima que possui raiz em um ritual de agricultores.

Além das festas, esse feriado também carrega uma faceta tenebrosa, já que ao abrir as portas do mundo do além você pode receber a visita de todos os tipos de criaturas, seres que tradicionalmente costumam assustar os mais novos no supersticioso Japão.

Levando em conta esse perigo e com certo ar de ironia, os japoneses aconselham os demais a sempre olhar os pés das pessoas durante esses dias. Isso porque, aqueles que não possuem extremidades inferiores, certamente, devem ser um "yurei" (fantasma).
Fonte: UOL com EFE

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Estudantes criam tela mais fina do mundo no Japão para exibir imagens

“Bolhavisão” usa círculo semelhante ao utilizado para fazer bolhas de sabão. Pesquisa abre novas possibilidades para crescente mercado de telas finas de TV.

Do Japão, chega outra novidade tecnológica, mas desta vez, criada por pesquisadores muito jovens que podem revolucionar o mercado de aparelhos de televisão.

Nas mãos das crianças está o futuro. Neste caso, pode estar o futuro da televisão.

Quem já brincou com bolhas de sabão deve ter percebido que elas refletem o que está ao redor, como se fossem espelhos com imagem distorcida. Estudantes de duas universidades japonesas e uma americana decidiram corrigir a imagem. Parece uma ideia maluca, mas eles acabaram criando a tela mais fina do mundo.

Um dos pesquisadores, Yoichi Ochiai, aluno de pós-graduação da Universidade de Tóquio, mostra como funciona. Um círculo, parecido com o usado pelas crianças para fazer as bolhas, forma uma membrana. A imagem surge aos poucos e então aparece uma borboleta, no seu experimento.

Por enquanto, eles só conseguem fazer a experiência com imagens paradas, como a do globo terrestre.

As imagens são emitidas por um projetor, mas o segredo está em um transmissor de ultra-sons, ondas sonoras que estão acima da nossa capacidade de escutar. Elas provocam pequenas vibrações na membrana que fazem o ajuste da imagem.

Yoichi Ochiai explica que a textura das imagens é bem real, dando a impressão de que o objeto está mesmo ali.

A pesquisa abre novas possibilidades para o crescente mercado das telas finas de TV. O experimento já ganhou o apelido de "bolhavisão". Os estudantes criaram também uma substância para formar as membranas, que é mais resistente do que o sabão. Dá para atravessá-la com um objeto ou o dedo e ela não estoura.

Melhor assim. Ninguém vai querer comprar um aparelho de TV que se desmanche no ar.
Fonte: Jornal Nacional

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Ingressos para jogos do Mundial de clubes começam a ser vendidos em agosto

Corinthians Copa Toyota
O torcedor corintiano que sonha em ver o time em ação no Mundial de clubes, no final deste ano, no Japão, já tem uma data para comprar o seu ingresso no jogo de estreia na competição. A Fifa anunciou nesta quinta-feira que as entradas estarão à disposição dos fãs a partir de agosto.

As vendas serão abertas inicialmente para clientes dos cartões de crédito Visa, entre 11 e 18 de agosto. Os demais interessados poderão garantir o ingresso entre 9 e 23 de setembro. O processo de compra será feito no site da Fifa - www.fifa.com.

Uma nova etapa de comercialização de entradas está estipulada para acontecer entre novembro até o final do Mundial.

A data e o adversário do Corinthians na estreia do Mundial ainda não estão definidos. O torneio vai acontecer entre 6 e 16 de dezembro, e Corinthians, Chelsea, Monterrey e Auckland já estão classificados.
Fonte: ESPN

- Pacote da Copa Toyota
- Visto para o Japão Copa Toyota

sábado, 30 de junho de 2012

Medo acompanha pescadores em região marcada por desastre nuclear no Japão

Trabalhadores tentam retomar atividades em ritmo normal, enquanto autoridades se mostram cautelosas sobre acúmulo de radiação na cadeia alimentar marinha

A pesca de seis pequenos barcos - a primeira frota a retomar a atividade comercial nas águas de Fukushima desde a catástrofe nuclear do ano passado - foi colocada à venda em um supermercado local na segunda-feira, dia 25 de junho, aumentando ao mesmo tempo esperanças e preocupações em uma região que tenta retornar sua rotina.

Por enquanto, a pesca está restrita ao polvo e um tipo de marisco, pois essas espécies são menos propensas a armazenar partículas radioativas em seus corpos. Assim, a venda de peixes foi um marco para uma fonte vital de alimento e emprego na região.

"O ano passado foi longo e difícil, mas eu nunca desisti de ser um pescador", disse Toru Takahashi, 57 anos, antes de zarpar em seu barco no início do sábado, dia 23 de junho, de Matsukawa, 48 quilômetros ao norte da usina nuclear atingida Fukushima Daiichi.
Mas a esperança dos pescadores em continuar trabalhando nas águas em que pescam há décadas está causando um certo desconforto em diversas regiões do Japão. Especialistas disseram que os efeitos que a catástrofe teve sobre o oceano ainda não foram totalmente compreendidos.
Horas antes de os barcos terem descarregado suas pescas, o governo proibiu pescadores de Fukushima de venderem 36 tipos de peixes. Até então, não havia nenhuma proibição específica sobre pesca perto de Fukushima, já que os pescadores da região suspenderam voluntariamente seu trabalho após o tsunami que levou a um desastre nuclear.

"Não somos contra o retorno dos pescadores à região de Fukushima desde que eles possam mostrar que o que estão pescando não contém altos níveis de radiação", disse Yasunobu Matsui, um oficial do governo para a segurança alimentar. "Nós só não queremos que eles cometam um erro e pesquem algo contaminado."

Efeitos
O Japão ainda está lidando com os efeitos dos problemas na usina, que registrou recorde de liberação acidental de material radioativo no mar.
O que isso significa para a vida marinha está longe de ser resolvido, disse Matsui. Fora da usina, a radiação é bastante difusa para representar risco imediato para a saúde humana, mas especialistas temem que o material radioativo possa se acumular na cadeia alimentar marinha.
"Dado o fato de que o Japão tem a maior taxa de consumo de frutos do mar no mundo, entendermos o impacto da radição na vida marinha é uma tarefa muito importante", observou Ken Buesseler, químico marinho que estudou a quantidade de radiação que vazou ao longo da costa.
Fonte: iG com The New York Times

sábado, 23 de junho de 2012

Nuvem em forma de chapéu é vista no céu do Japão


Esta nuvem no raro formato de chapéu apareceu sobre o Monte Fuji, depois que um tufão atingiu o Japão.
A nuvem em forma de chapéu, também conhecida como tsurushi-gumo, ou nuvem pendurada, foi vista na manhã de quarta-feira.

O fenômeno ocorre quando os ventos na região do monte Fuji ficam muito fortes ou após tempestades tropicais.

A nuvem rara desapareceu meia-hora depois de ter sido filmada pela TV japonesa, porque o céu ficou nublado.
Fonte: BBC Brasil

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Após blecaute nuclear, Japão prepara reativação dos primeiros reatores

País planeja ligar reatores 3 e 4 da usina de Oi, em Fukui.
Crise nuclear levou governo a desligar seus 54 reatores.

O Japão planeja reativar os primeiros reatores nucleares do país na próxima semana, após ter interrompido as atividades em todas as suas centrais atômicas em maio, na esteira da crise de Fukushima, informou nesta quinta-feira (31) o diário "Nikkei".

O primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, irá autorizar a reativação dos reatores 3 e 4 da usina de Oi, na província de Fukui, após ter recebido o apoio da associação de governos da região. "Pelo bem da prosperidade da economia japonesa e da sociedade, a geração de energia nuclear continua sendo importante", disse Noda.

Ainda pendente de um anúncio oficial por parte de Noda, a reabertura dos reatores de Oi representará a primeira desde que, por revisão ou manutenção, foram suspensas as atividades dos 54 reatores do país após o início da crise nuclear em Fukushima, em março de 2011.

Desde que o Japão se viu em um blecaute nuclear, em 5 de maio, fato ocorrido pela primeira vez em 42 anos, o governo exerceu pressão para reativar os reatores de Oi, para o que superou a firme oposição dos governos locais e diante do temor de não poder garantir a demanda elétrica no verão.

O primeiro-ministro quer anunciar a reabertura da central de Oi na semana que vem, para que, após um processo de reativação que dura entre quatro e seis semanas, a região de Kansai possa contar novamente com o fornecimento de energia nuclear até meados de julho, quando a demanda elétrica deverá chegar a seu máximo.

O blecaute nuclear forçou as operadoras elétricas japonesas a potencializarem o uso das usinas térmicas, o que aumenta as importações de petróleo e de gás liquefeito, afetando consideravelmente a balança comercial japonesa.
Fonte: G1 com EFE

 

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Japão abandona gravatas para economizar energia

A partir deste 1º de maio, funcionários públicos do Japão podem ir trabalhar sem gravatas e de mangas arregaçadas como parte da campanha anual "Cool Biz", para economizar energia elétrica.
Neste ano, ela chegou um mês mais cedo, diante da previsão de um verão sem energia nuclear.

O tsunami do ano passado abalou a usina de Fukushima e a confiança dos japoneses na segurança da energia atômica. Tanto que hoje, só uma das 50 usinas está funcionando, e o último reator será desligado para manutenção no dia 05 de maio.

Preocupado com apagões no alto verão, o governo japonês agora se prepara para lançar a campanha "Super Cool Biz" - permitindo até sandálias e camisões estilo Havaí no ambiente de trabalho.
Fonte: BBC Brasil

sábado, 31 de março de 2012

Japão relaxa restrição em duas cidades na área de exclusão de usina

Moradores de Tamura e Kawauchi poderão visitar suas casas.
Cidades foram esvaziadas há um ano após acidente nuclear em Fukushima.

 O Japão relaxará a partir deste domingo (1º) as restrições de entrada em dois municípios situados na zona de exclusão de 20 km em torno da usina nuclear de Fukushima, informou a emissora de televisão pública "NHK".

Os residentes das localidades de Tamura e Kawauchi poderão visitar suas casas, abandonadas há um ano por causa do acidente na usina nuclear de Daiichi.

Calcula-se que a medida permitirá que 16 mil pessoas entrem novamente na zona de segurança, embora por enquanto não seja possível pernoitar no local.

Apesar da permissão, não se espera um retorno em massa dos deslocados, já que muitos indicaram que preferem aguardar o avanço dos trabalhos de descontaminação iniciados este ano.

O governo também prevê levantar as restrições de entrada em 16 de abril à cidade de Minamisoma, que tem parte de seu território dentro da área de exclusão em torno da usina nuclear.

A decisão foi tomada na noite desta sexta-feira (30) durante a reunião de um grupo especial de trabalho liderado pelo primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, para estabelecer novos parâmetros de classificação das zonas de exclusão de acordo com seu nível de radioatividade.

Nas áreas em que a radiação acumulada não supera 20 milisievert ao ano, o governo trabalhará para que os deslocados possam retornar a suas casas o mais rápido possível, segundo a NHK. Naquelas que apresentem até 50 milisievert anuais só será permitido o acesso restrito, enquanto ninguém poderá retornar a suas casas nas localidades em que esse nível é superado.

O acidente desencadeado na central de Fukushima pelo devastador tsunami de março de 2011 forçou a retirada de cerca de 80 mil pessoas em 11 municípios ao redor da usina.

Além de Tamura, Kawauchi e Minamisoma, as autoridades seguirão revisando as condições existentes nas outras oito localidades afetadas para decidir sobre o eventual retorno de deslocados.
Fonte: G1 com EFE

segunda-feira, 5 de março de 2012

Um ano após tsunami, Japão ainda lida com montanhas de entulho

Há quase um ano do terremoto seguido de tsunami que devastou o Japão, um dos principais desafios da reconstrução do país tem sido lidar com o entulho deixado no rastro da tragédia.

As autoridades conseguiram limpar as ruas e restabelecer as condições mínimas de vida da população nos centros urbanos das províncias mais afetadas, as de Iwate, Miyagi e Fukushima.

Segundo uma estimativa divulgada pelo governo, essas províncias produziram um total de 23 milhões de toneladas de entulho, e, até o momento, foram processados apenas 5% do material recolhido.

O entulho foi aglomerado em parques, campos de beisebol, pátios de escolas destruídas e outros espaços públicos. Carros e barcos destruídos também esperam um fim.

11 anos de lixo

O resíduo gerado em Iwate, por exemplo, equivale a 11 anos de lixo produzido pela província. Já Miyagi tem um total de entulho equivalente a 19 anos.

O custo estimado de eliminação destes resíduos passa dos R$ 16,4 bilhões.

Para piorar o cenário, outras províncias se recusam a receber o material, com medo de que o entulho possa estar contaminado com resíduos da usina nuclear de Fukushima.

Por enquanto, apenas Tóquio e Yamagata estão colaborando.

No Japão, grande parte do lixo é reciclada ou incinerada, em centros de processamento. Uma pequena parte apenas é depositada em aterros sanitários, prática pouco usada no país por causa da falta de espaço físico.

O país também exporta alguns dejetos para outros países asiáticos. Mas, no caso do entulho acumulado na região nordeste do país, o medo da contaminação nuclear tem anulado qualquer tipo de ajuda.

Segundo cálculos do governo japonês, a eliminação total de todo o resíduo gerado pelo tsunami deve se estender até março de 2014.

"Mas será extremamente difícil cumprir essa meta se o processo continuar nesse ritmo tão lento", criticou o ministro do Meio Ambiente, Goshi Hosono.

Buscas

No próximo domingo, dia 11, o Japão lembrará um ano do maior terremoto da história do país, seguido de um tsunami e de uma crise nuclear.

A tripla tragédia, segundo dados da polícia japonesa, deixou um saldo de 15.853 pessoas mortas – maior perda de vida num desastre desde a Segunda Guerra Mundial no país – e 3.283 foram dadas como desaparecidas, totalizando 19.136.

A busca pelos corpos, principalmente no mar, ainda continua.

Cerimônias especiais estão programadas durante toda esta semana e o primeiro-ministro do Japão, Yoshihiko Noda, pediu à população que faça um minuto de silêncio às 14h46 locais no próximo dia 11, horário exato que o grande terremoto atingiu o país.

Os canais de tevê, jornais e revistas trazem também especiais que recontam histórias e mostram o que mudou neste um ano após a tragédia que comoveu o mundo.

Lentidão

Reconstruir as cidades tem sido o maior desafio do governo japonês após a tragédia. A partir deste mês, os cofres públicos começam a liberar a primeira rodada de subsídios para as sete províncias e 59 municípios diretamente afetados pelo terremoto/tsunami.

São cerca de R$ 5,3 bilhões que devem ser aplicados na remoção de famílias para áreas mais elevadas e reconstrução de prédios públicos, como escolas, postos de saúde e portos.

No entanto, essa reconstrução caminha em ritmo muito lento e o problema não é só financeiro.

As autoridades conseguiram limpar as ruas e restabelecer as condições mínimas de vida da população.
Fonte: BBC Brasil

quinta-feira, 1 de março de 2012

Governo do Japão define padrões mais elevados para o cultivo do arroz

Agricultores poderão semear em algumas áreas somente após minuciosa inspeção dos municípios


O Ministério da Agricultura do Japão implantará padrões mais elevados para o cultivo de arroz, informou a NHK. A partir de abril, os produtos alimentícios poderão conter o limite máximo de 100 becqueréis de césio radioativo por quilograma.

Além disso, os agricultores não poderão plantar em lugares onde houve a detecção de arroz com mais de 50 becqueréis de césio radioativo por quilo. Também foi proibido o trabalho em áreas onde foi plantado o cereal que continha entre 100 e 500 becqueréis de césio de por quilo. No entanto, os agricultores poderão semear nessas áreas somente após minuciosa averiguação dos municípios em cada arrozal. Além disso, o arroz será examinado antes do envio para o comércio.

De acordo com a NHK, a autorização foi concedida depois que os agricultores de Fukushima notaram que a adoção de normas exageradamente estritas no cultivo do arroz levassem mais pessoas a agricultura num momento onde a população rural está diminuindo.

O governo manifestou que trabalhará em contato com os municípios para evitar que seja distribuído arroz com níveis de radiação superiores aos limites de segurança estabelecidos.
Fonte: IPC Digital

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Feira no Japão apresenta novidades para se proteger de terremotos

Depois de tsunami, surgiram equipamentos para ajudar na sobrevivência. Mesa com amortecedores e comida que esquenta sozinha são novidades.


Um ano depois do terremoto que provocou o tsunami devastador no Japão, uma feira está apresentando novidades para a população se proteger.

Quando o chão balança, cuidado para não cair. Mas se a casa tiver um dos novos equipamentos anti-terremoto, o voluntário quase não sente o tremor. Em uma demonstração na feira, uma garrafa nem se mexe. É que ela está sobre uma mesa com amortecedores que compensam a vibração. A resina plástica gruda e desgruda da mesa facilmente. Mas quando ocorre um tremor, ela parece uma super-cola. Veja no vídeo o simulador: em um terremoto de intensidade 7, os objetos presos com a resina balançam, mas não caem.

Quem mora no Japão precisa ter em casa o chamado kit-terremoto, com itens para sobreviver por até três dias, tempo estimado para chegar socorro. Um dos itens mais importante é comida. Mas não é qualquer uma. Pode faltar gás e eletricidade para fazer o fogão e o microondas funcionarem. A solução: comida que esquenta sozinha. Basta botar os pacotes de comida em um saco plástico com duas substâncias que, ao entrar em contato, provocam uma reação química que faz a temperatura chegar a 95°C. O suficiente para que a comida seja servida no ponto. "E ficou gostosa", disse um homem.

Depois do tsunami de março do ano passado, surgiram mais equipamentos para ajudar a sobreviver a uma onda gigante. Um muro de ferro, que pode chegar a 5m de altura, fecha as ruas para a passagem da água. Funciona automaticamente e é erguido pela própria força da onda. Um colete salva-vidas tem mais proteção principalmente no pescoço, porque as vítimas são jogadas de um lado para o outro. Um sensor e um tubo de gás comprimido fazem o colete se inflar quando a pessoa é coberta pela água.

Na feira, também há uma cápsula feita de uma resina especial para resistir aos choques com muros e árvores. Pode abrigar até quatro pessoas, que ficarão um pouco apertadas. Ela tem um nome sugestivo: Noé, o personagem bíblico que sobreviveu ao dilúvio.
Fonte: Jornal Nacional

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Simulação de terremoto em Tóquio envolve 10 mil pessoas

No total, 138 empresas participaram da simulação, que teve como objetivo prioritário a evacuação das pessoas na cidade japonesa

Cerca de 10 mil pessoas, entre voluntários, bombeiros, policiais, Guarda Costeira e até membros da Marinha americana, participaram nesta sexta-feira de uma grande simulação de terremoto nas principais estações de metrô de Tóquio.

O treinamento, realizado a pouco mais de um mês do primeiro aniversário do terremoto e o posterior tsunami que assolou o nordeste do país em março de 2011, começou às 10h locais (23h de Brasília) e simulou um terremoto de 7,3 graus na escala Richter.

No total, 138 empresas participaram da simulação, que teve como objetivo prioritário a evacuação das pessoas que, diante da suspensão das comunicações e dos transportes, ficaram presas nas estações de metrô e em escritórios.

Cada participante recebeu uma bolsa com o material que é utilizado em casos deste tipo, além de folhetos com um questionário sobre seus dados pessoais.

O teste juntou 5 mil voluntários na estação de metrô de Shinjuku, uma das mais transitadas do mundo, e outras 2,5 mil na estação central de Tóquio e na de Ikebukuro, segundo informou a organização.

Além disso, se reuniram na baía de Tóquio centenas de pessoas procedentes das estações de metrô para ser evacuadas pela Guarda Costeira e a Marinha americana.

O Japão se encontra sobre o chamado Anel de Fogo do Pacífico, uma zona de elevada atividade sísmica, e por isso registra terremotos frequentes.

Desde o grande terremoto de 11 de março, que deixou quase 20 mil mortos e provocou a pior crise nuclear em 25 anos, o Japão sofreu mais de 660 réplicas de mais de 5 graus na escala Richter.
Fonte: Exame com Efe

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Agricultores de Miyagi enfrentam desafios para cultivar em solo arrasado e exposto ao medo nuclear

Agricultores japoneses avançam após o desastre de 11 de março
Combater a salinidade do solo, a falta de infraestrutura e o medo da contaminação radioativa são os principais desafios dos agricultores da província japonesa de Miyagi, devastada pelo tsunami de março.

No nordeste do Japão, os agricultores e pescadores são os profissionais mais afetados pelo desastre que atingiu a área em 2011. No caso de Mitsuo Sugawara, as ondas enormes que vieram depois do sismo acabaram com suas plantações de tomates e deixarão sua família sem sustento. Ainda assim, ele e sua esposa consideram que tiveram sorte por terem sobrevivido. No bairro onde vivem na cidade de Higashi Matsushima faleceram 90 pessoas incluindo sua vizinha, uma mulher surda que não podia ouvir a chegada da água.

“Sobrevivemos porque estávamos no andar de cima”, conta enquanto mostra a marca do nível alcançado pela água que atingiu a parte baixa de sua casa. A enorme quantidade de sal que impregnou o solo corrompe grande parte dos cultivos como a plantação de cebola que havia feito antes do tsunami. A principal cooperativa agrícola do Japão ofereceu apoio para plantar ‘hakusai’, um tipo de couve chinesa muito popular na região no passado, mas que deixou de ser cultivada depois da II Guerra Mundial porque estragava durante o transporte.

A cooperativa quer fazer do ‘hakusai’, resistente ao sal do solo, um símbolo da recuperação agrícola. Deste modo, Sugawara, assim como os demais agricultores, plantou a couve em agosto e prepara sua colheita.

Outro que luta para superar o desastre é Mitsuhiro Yahagi que chegou à Miyagi vindo da província vizinha de Fukushima, onde mantém sua fazenda. Ele veio como voluntário para ajudar os agricultores de Sendai. Lá, conheceu um agricultor local, Mamoru Kikuchi, e juntos firmaram acordo com a rede de restaurantes Saizeriya, uma cadeia que possui mais de mil unidades no Japão, para fornecer tomates hipotônicos.

Yahagi, Kikuchi e uma empresa de restauração investiram 100 milhões de ienes para construir 12.000 metros quadrados de estufas com um sistema que, com tecnologia japonesa, sul-coreana e chinesa, permite reciclar toda a água utilizada. Este sistema é “único no mundo” assegura Yahagi que cultiva arroz e alface em sua fazenda em Shirakawa (Fukushima), a 40 km da acidentada usina nuclear de Fuksuhima. Lá, realiza testes regulares de radiação sobre seus cultivos. Os mesmos feitos por Sugarawa com seus ‘hakusai’, mesmo com a cidade localizada a mais de 100 km ao norte da usina.
Fonte: IPC Digital com Efe

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Japão inaugura 1º centro de descontaminação radioativa em Fukushima

O Governo japonês inaugurou nesta quarta-feira (04) o primeiro centro destinado à descontaminação das zonas afetadas pela alta radiação na cidade de Fukushima, a central que abriu a crise nuclear no Japão em 11 de março.

O Ministério do Meio Ambiente japonês confirmou que o escritório terá em um primeiro momento 70 funcionários e servirá para coordenar o Governo com as administrações locais envolvidas na limpeza das áreas com alta radioatividade nuclear, informou a agência local 'Kyodo'.

A descontaminação das áreas afetadas, incluída a zona de exclusão com raio de 20 quilômetros em torno da usina nuclear de Fukushima Daiichi, começará no fim de janeiro embora até o fim de março não será feita limpeza de grande escala.

O trabalho deverá começar pela limpeza de estradas e sistemas de abastecimento de água e eletricidade e em março a descontaminação de casas e terrenos agrícolas.

Em meados de dezembro, o Governo detalhou que os maiores obstáculos serão obter as permissões dos cerca de 80 mil deslocados pela crise nuclear para limpar suas casas e plantações, assim como a dificuldade de encontrar armazéns temporários para armazenar a terra radioativa.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente japonês, espera-se que o número de trabalhadores do escritório de Fukushima se amplie dos 70 iniciais para cerca de 210 em abril para enfrentar os meses de maior trabalho.

No início de dezembro entrou na zona de exclusão o primeiro contingente de militares para começar a limpeza dos escritórios municipais, com o objetivo de deixá-los prontos para servirem de bases para os trabalhos de descontaminação.

A usina nuclear de Fukushima foi gravemente danificada pelo tsunami de 11 de março, que paralisou os sistemas de refrigeração e abriu a pior crise nuclear dos últimos 25 anos.
Fonte: G1 com Efe